26.7.11

Rapidinha: Sport demite goleiro dos juniores que agrediu jogador do Vasco



Realmente o cara foi um animal, totalmente descontrolado, mas essas medidas punitivas também não ajudam. Se dentro do clube ele nao tiver um apoio psicológico, onde esse rapaz vai aprender a controlar-se? Talvez desempregado, desconte na própria família, mas se o fizer já não é problema de mais ninguém. E continuamos lavando nossas mãos com a sensação de que a justiça foi feita...Santta Ignorância de ambos os lados.

9 comentários:

  1. Thiago, sei de um lugar onde esse jovem receberia tratamento psicológico adequado: chama-se FEBEM. O esporte está cheio de exemplos de "atletas" que receberam "ajuda" e jamais mudaram o seu comportamento. Ao contrário, a constante "ajuda" a esse tipo mostrava que o bom exemplo não compensa, pois o agressor sempre tem inúmeras chances. Acredito que o choque por ter sido excluído será a melhor ajuda nesse momento. Acredito, ainda, que quem precisa de ajuda são justamente os menores da FEBEM, que lá estão por atos muito menos graves que este, sendo torturados diariamente, por não ter tido oportunidade de uma vida honesta, como o goleiro do Sport teve.

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  2. Olá Márcio! Respeito sua opinião, mas não concordo. É bem verdade que na FEBEM tem menores presos por muito menos e outros por muito mais do que isso. Mas a minha opinião vale para os dois casos. Não concordo com o tratamento que é dado na febem, como uma prisão. A educação passa longe nesse tipo de instituição. E caso por caso, quantos lá são internados e quando completam a maioridade voltam a ser detidos, agora em uma prisão comum? Então os exemplos que não dão certo sempre vão existir, e convenhamos são extaamente este exemplos que vamos ter conhecimento, seja na febem, no futebol ou qualquer outro lugar. Agora sobre os exemplos de atletas que não mudam, na minha opinião se deve a exatamente quando o indíviduo é jovem, não receber o tratamento adequado, aí depois que ele se torna famoso, fica dificil dar um "corretivo psicologico" pois a fama e o dinheiro viram empecílhios crônicos para alcançar um estado melhorado de sanidade. Mas isso acontece porque o clube trata seu atleta como escravo dos seus interesses. Se for um atleta fora de série, o clube só pensa nas glórias e do caixa que pode fazer ao invés de pensar no atleta como um funcionário que tem que receber apoio constante, demonstre ele atitudes agressivas ou não.

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  3. GUSTAVO - O SUB ZERO BRASILEIRO!!!!!!!!!!!!!!!

    FINISH HIM!!! FATALITY!!!!!! RSSSSSSSSS

    Só rindo... Febem nele: -"Hoje ele está dando voadoras, amanhã ele pode estar roubando..." Rssss

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  4. Thiago, concordo com você. É muito fácil julgar uma pessoa por uma singular atitude em um singular vídeo que vemos pela TV. É muito fácil praticar futurologia sobre a conduta de um ser humano.

    Difícil é sair das análises preguiçosas, da crítica vazia ou do lugar comum que se expressa na "opinião pública".

    Enquanto mandar alguém para a "febem" for a solução que mais alivia as nossas consciências, só tenho uma certeza: que o desdem pela vida humana não se manifesta apenas em "voadoras", mas também em julgamentos fáceis.

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  5. Estou vendo um vídeo onde um rapaz está de pé, sem praticar ameaça alguma, e vem outro rapaz POR TRÁS, e dá uma VOADORA na NUCA do primeiro, sem proporcionar qualquer chance de defesa. Se fosse no meio da porradaria, até pensaria em uso desproporcional da força. Se fosse pela frente, seria outra coisa. Mas do jeito que foi? O que pode ser alegado em sua defesa? Que ele não tinha consciencia do que estava fazendo? Pra ser jogador de clube tem que frequentar escola, receber salario, bolsa, etc. Que ajuda esse elemento precisa? Só se for ajuda pra subir no camburão! FEBEM nele!

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  6. (parte 1)

    Márcio, você pode afirmar com segurança tudo o que você disse a partir apenas da imagem que você viu? Ou seja, é possível dizer que esse cara realmente recebeu um boa educação? Que ele sabe fazer outra coisa na vida além de jogar bola? Que ele recebe esse salário todo que você acha que ele recebe?

    Outras perguntas são pertinentes: é possível mesmo analisar a conduta humana, que é resultado de uma complexa combinação de fatores internos e externos, afirmando que o cara é "frio e calculista" a partir apenas da análise de 15 segundos de vídeo? Ou que ele é um "criminoso covarde"? Sinceramente?

    Por fim, será mesmo que com base em alguns exemplos negativos - isso mesmo, apenas alguns exemplos, não sendo regra, nem mesmo verdade probabilistica, que alguém não aprenda com os próprios erros - é possível fazer um juízo racional, que não seja determinista ou causalista, no sentido de que ele vai voltar a fazer o que fez? Ou ainda que a única solução, para que ele não volte a cometer "crimes", é a punição?

    Seres humanos não são cachorros, nem axiomas matemáticos, nem muito menos robôs, que respondem apenas a comandos binários. Seres humanos erram, seres humanos não medem a com precisão a consequência dos seus atos, na maioria das vezes inclusive, ainda mais quando jonves.

    E o que dizer do arrependimento do garoto? Não conta? Ou devemos seguir a praxe mecânica do "crime e castigo" apenas para acalmar nossos medos inconscientes? Afinal, quando pedimos a punição para alguém estamos exorcizando nossa própria individualidade reprimida, nosso inconsciente que diz: porra, eu também quero dar porrada em alguém, até mesmo matar, mas me controlo, e esse cara não se controla? Vamos nos vingar! Ou então, o medo de que ele faça isso conosco. Mas será que alguém deve pagar pelo nosso medo de uma forma tão brutal sem uma avaliação séria e criteriosa de todos esses questionamentos?

    Pergunto ainda, será que a punição com demissão ou "prisão" é a mais adequada? Será que o próprio estigma que pesou sobre o autor do fato não é já "pena" suficiente?

    Sinceramente, uma opinião como essa, que decide mecanicamente sobre a vida e o futuro de um ser humano sem ter um embasamento mínimo em dados reais sobre os questionamentos que formulei, é, na melhor das hipóteses, irresponsável e preconceituosa.

    Me admira você, que sabe serem as coisas, os seres humanos e os atos produtos da história e das contradições a elas inerentes, fazer uma análise, repito, tão simplista e preguiçosa como essa.

    Voltamos a discutir quando tiver resposta a todos esses questionamento e outros tantos que devem ser feitos e influenciam decisivamente em qualquer juízo a ser tomado sobre o fato. Aliás, o rapaz tem 18 anos, não comete ato infracional, não vai para a FEBEM. Responde por "crime" mesmo, processado no juizado especial criminal. O "crime", se é que se pode falar assim, seria de lesão corporal leve e deveria ser ofertada transação penal - ou seja, você está querendo punir mais que o poder de polícia constituído.

    Não obstante, ouso ainda dizer que essa tendência de punir pequenos crimes, erros, para evitar os maiores baseia-se numa concepção norte-americanizada e pseudo-científica de que o sistema penal realmente resolve os conflitos sociais e que eles se tornam maiores quando a resposta não for "enérgica" - o que é de uma achismo mal-intencionado impressionante. Não é a toa que 1% da população daquele país (dois milhões de pessoas) vive na cadeia.

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  7. (parte 2)

    A expulsão do cara, que provavelmente vai cair em desgraça e nunca mais voltar a jogar futebol, só vai ajudar a criar aquilo que dizemos querer evitar - um ser humano frustrado e sem perspectiva. Que dizer então do banimento?

    Depois de tudo isso, até mudo minha frase: o desdém pela vida humana se manifesta menos em uma voadora, do que nos julgamentos fáceis e a avaliação irresponsável das consequências do mesmo. Isso porque enquanto a "voadora" pode ter um impulso racional, a segunda, em tese, não deveria ser. O desprezo coletivo pela vida humana, ainda mesmo em se tratando da vida daquele que erra, pode ser mesmo um sintoma de psicopatia social.

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  8. (PARTE 1)

    Olá amigos!
    Vou tentar expor minha opinião de outra forma.
    Vamos imaginar uma caixa de e-mails com todas as opções que já conhecemos.
    Vamos supor que todo e-mail que recebemos, sem qualquer análise, o enviamos diretamente para a lixeira. Depois de muito tempo, vamos precisar excluir essas mensagens da lixeira para liberarmos mais espaço em nossa caixa de entrada. Será que depois de excluir milhares e milhares de mensagem, vai ser agora que vamos nos dar ao trabalho de analisar cada mensagem excluída? Pois é exatamente isso que fazemos quando achamos que cada erro ou cada atitude que não condiz com o “politicamente correto” é passível de punição severa, prisão, ou para os mais radicais, a pena de morte. Simplesmente não analisamos cada ato individualmente, apenas temos sede de justiça, e essa sede nos leva a cometer erros às vezes muito piores do que aquele indivíduo que está preso. A prisão regenera poucos, na maioria das vezes, ela só piora a situação. Será que perdemos a noção do que deve ser ficar enclausurado dois, três, cinco, dez anos, em um sistema carcerário precário que não faz esforço nenhum para recuperar aquele que cometeu um delito? Se essa solução fosse a correta, teríamos uma diminuição considerável de prisões, de delitos, mas é exatamente o contrário disso que acontece. A prisão hoje que deveria ser um remédio, na realidade é um veneno. Além de não remediar o ato cometido, ela ainda piora a situação dos que cometeram erros considerados pequenos.
    Voltando ao assunto do goleiro Gustavo do Sport, quem nunca pensou (ou já o fez) em dar porrada em outra pessoa? Será que nos julgamos tão superiores ao outro ser humano a ponto ter plena certeza que jamais nos descontrolaríamos a tal ponto? E se nos descontrolarmos, merecemos ser presos ou vamos querer uma outra chance? Esportes de competitividade podem trazer a tona nossos piores instintos. Se vemos isso acontecer nas famosas “peladas”, imaginem em uma competição valendo dinheiro, fama e troféu?
    De fato não somos robôs, programados apenas para determinadas atitudes, mas mesmo que fossemos, estaríamos sujeitos a mal funcionamento e erros. Precisaríamos que alguém nos consertasse ou gostaríamos de ser atirados ao lixo?
    Infelizmente a educação torta que recebemos da mídia (formadora de opinião) e da própria escola, contaminou a sociedade com uma espécie de intolerância que muitas vezes nos faz tão criminosos quanto os que julgamos verdadeiros bandidos.

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  9. (PARTE 2)

    Percebam que a saúde e educação ( mesmo que torta) que tivemos direito, muitos não tiveram. Percebam também que hoje a psicologia e a psiquiatria, explicam como doenças (que podem ser controladas) o que a pouco tempo atrás considerávamos atos absurdos e de pura selvageria.
    Eu gostaria que tudo fosse bem mais simples, mas uma série de fatores podem contribuir para termos uma atitude considerada “absurda” (problemas financeiros, familiares, doença, descontrole emocional, entre outros) e não acredito que isso faça de alguém bom ou mau.
    Ainda no caso do goleiro Gustavo, não paramos para lembrar que um jogador sub-20 em um clube como o Sport, talvez receba por mês no máximo mil reais de salário (um pouco mais ou um pouco menos). Sendo assim, se o mesmo de destacar positivamente, será vendido como produto, quem sabe por milhões de dólares, gerando um lucro fora do comum ao Sport como empresa. E essa mesma empresa, hoje, acha que está fazendo um favor a seu atleta o mantendo como jogador em seu clube? Não seria o contrário? E mesmo assim o clube lava as mãos na hora de dar educação, e apoio psicológico ao seu patrimônio? Quem é o verdadeiro criminoso então? O que comete o ato, ou o que sabe que aquele indivíduo pode cometer tal ato e o joga na rua, sendo omisso e sem prestar qualquer assistência?
    Portanto amigos, vamos parar de sempre bater no mais fraco. Nossos valores têm sido invertidos ao longo do tempo e temos aceitado isso. Os verdadeiros criminosos são aqueles que roubam milhões todo mês, e abandonam seus filhos sem educação, sem saúde, sem alimentação, tudo em beneficio próprio. Sempre teremos alguém pra culpar, que para a nossa falsa ilusão de bem estar deveriam estar longe de nossas vistas: o flanelinha, o assaltante, o mendigo, nosso vizinho, o “drogado” da esquina e assim por diante. Mas pensem que a cada prisão, a “cada choque de ordem” a cada internação, a cada medida punitiva imposta pelo estado, estão apenas substituindo o João, Violento, pelo José, Violento, e não a violência em si.

    Abraços!

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